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Demência de corpos de lewy
A demência de corpos de Lewy (DCL) é a 3ª forma mais frequente de demência. As demências mais frequentes são o mal de Alzheimer e a demência vascular. Tem uma prevalência de cerca de 10% do total das demências.
As pessoas afectadas por esta forma de demência sofrem a perda de memória, desorientação e dificuldades de comunicação, também associadas ao Alzheimer. Podem, igualmente, desenvolver sintomas de Parkinson, incluindo lentidão, rigidez corporal, tremores, perda de expressão facial e mudanças na força e tonalidade da voz. Também é comum a ocorrência de alucinações, cujo tratamento com medicamentos neurolépticos (para quem nunca ouviu falar, neurolépticos são medicamentos usados nos casos de psicose e esquizofrenia, tem como objectivo diminuir as alucinações) pode potenciar sintomas como a rigidez corporal.
Uma das dificuldades é que pode facilmente ser confundida com a doença de Alzheimer. É causada pelo acúmulo de grande quantidade de substâncias chamadas de CORPOS DE LEWY (dai o seu nome: demência de corpos de lewy), no córtex cerebral (massa cinzenta).
A presença de corpos de Lewy (CL) (Lewy, 1912; 1913) é a condição para o diagnóstico patológico da DCL (estruturas de localização intracitoplasmática em forma circular e eosinofílicos). Podem ser observados pelo método de coloração com a hematoxilina-eosina ou através do método imunocitoquímico, com antiubiquitina. Podem estar também fora dos neurónios (células no cortex cerebral) e apresentar diversas formas, como a ovóide e as formas alongadas. Do ponto de vista histológico, são classificados em CL clássicos e CL corticais. O termo CL clássicos é aplicado às estruturas com o centro hialino circundado por um halo claro, normalmente observadas em neurónios da substância preta e do locus ceruleus. Os CL corticais são estruturas pouco definidas, sem um halo claro e encontradas em neurónios corticais.